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Mostrando postagens de março, 2025

O FILHO PRÓDIGO

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O FILHO PRÓDIGO Sobre a ministração de ontem, desejo compartilhar uma verdade profunda sobre a graça e o amor incomparáveis de Deus. Muitas vezes, ao falarmos sobre a parábola do filho pródigo, focamos somente em sua ida ao mundo e em seu arrependimento. Mas quero chamar sua atenção para um detalhe crucial: a maneira como ele se enxerga ao voltar para casa. Quando o filho mais novo decide retornar ao pai, ele não planeja voltar como filho, mas como um trabalhador. Ele diz: “Voltarei para a casa de meu pai e direi: ‘Pai, pequei contra o céu e contra o senhor. Não sou mais digno de ser chamado seu filho. Por favor, trate-me como seu empregado.” (Lucas 15:18-19). Isso reflete como, muitas vezes, enxergamos nossa própria caminhada com Deus. Quando erramos, nos afastamos, caímos ou falhamos, tendemos a pensar que não somos mais dignos de ser chamados filhos. Queremos negociar nosso retorno a Deus por meio do trabalho, do esforço, da tentativa de merecer Seu amor. Mas veja a resposta do Pai:...

O VERBO QUE SE TORNOU CARNE

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O VERBO QUE SE TORNOU CARNE Jesus sob o ohar do apóstolo do amor No próximo trimestre, estudaremos o Evangelho de João, uma narrativa profunda e teológica do Novo Testamento. Ao abrir suas páginas, somos imediatamente transportados para uma dimensão espiritual. Diferente dos Evangelhos Sinóticos, João não inicia sua narrativa com genealogias ou relatos do nascimento de Jesus, mas com uma proclamação cósmica: “ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). O termo grego utilizado para " Verbo " é λόγος (lógos), que significa " palavra ", mas que, no contexto filosófico e teológico, carrega um significado ainda mais profundo. No pensamento hebraico, o lógos remetia à Palavra criadora de Deus, aquela que trouxe o universo à existência (Gn 1). João, inspirado pelo Espírito Santo, declara que essa Palavra eterna não era um princípio abstrato, mas uma Pessoa: Jesus Cristo, o Deus encarnado. João, o autor deste Evangelho, era um dos d...

AMOR DE DEUS

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"Mas Deus nos prova seu grande amor ao enviar Cristo para morrer por nós quando ainda éramos pecadores." (Romanos 5:8) Jesus não esperou um "sim" da humanidade para subir ao Calvário. Ele olhou para os que zombavam d’Ele, para os que O negavam e para os que O crucificavam e disse: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem." (Lucas 23:34) Esse é o amor que não se cansa. O amor que sangra, que chora, que espera. O amor que não desiste. E se Deus, perfeito e santo, nos amou mesmo sendo rejeitado, como não amar também? Amar não significa aceitar o pecado ou fechar os olhos para o erro. Significa escolher refletir o coração de Cristo: amar sem exigir retribuição, perdoar sem guardar rancor, permanecer fiel mesmo quando o outro se afasta. Esse amor toca o endurecido, alcança o distante e transforma o que parecia perdido. Foi assim que fomos salvos. E é assim que Ele nos chama a amar. — Rafael Assiz MAIS CONTEÚDOS

RELIGIOSIDADE EXAGERADA E EMOÇÕES OCULTAS: QUANDO A APARÊNCIA ENGANA

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RELIGIOSIDADE EXAGERADA E EMOÇÕES OCULTAS: QUANDO A APARÊNCIA ENGANA Há uma grande diferença entre religiosidade e espiritualidade. A religiosidade se preocupa com ritos, tradições e aparências, enquanto a espiritualidade genuína é um relacionamento vivo com Deus, baseado na fé e na transformação interior pelo Espírito Santo. Jesus fez essa distinção ao confrontar os fariseus, que eram extremamente religiosos, mas espiritualmente vazios:  “Vocês se preocupam em limpar o exterior do copo e do prato, mas estão imundos por dentro, cheios de ganância e perversidade.” (Lucas 11:39) A religiosidade excessiva pode, muitas vezes, ser um disfarce para problemas emocionais não resolvidos. Pessoas que sofrem com traumas, medos e inseguranças podem se apegar rigidamente a práticas religiosas para evitar encarar suas dores. Isso se manifesta em comportamentos como legalismo extremo, julgamentos constantes sobre os outros e uma obsessão por regras, como se a obediência exterior fosse suficiente ...

QUEM FINANCIA O SEU DISCURSO?

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QUEM FINANCIA O SEU DISCURSO? A imagem retrata uma realidade profunda: muitas vezes, aqueles que falam em público não são movidos pela verdade, mas pelo dinheiro que os sustenta. Isso nos leva a uma reflexão sobre a influência corruptora do poder e da riqueza no discurso humano. A retórica vazia usa palavras para manipular, em vez de buscar a verdade. Hoje, isso se reflete em líderes, políticos e até pregadores que moldam seus discursos conforme os financiadores, e não conforme a justiça. O problema não é somente quem fala, mas também quem escuta. Muitos seguem discursos somente porque são eloquentes ou parecem promissores, sem discernir se vêm de Deus ou de interesses humanos. Jesus alertou sobre falsos mestres que falam o que as pessoas querem ouvir, mas não pregam a verdade: “Pois virá o tempo em que as pessoas não ouvirão o ensino verdadeiro. Seguirão seus próprios desejos e buscarão mestres que lhes digam somente o que agrada aos seus ouvidos.” (2 Timóteo 4:3). O que nos guia: o ...

QUEM É EDMUNDO?

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QUEM É EDMUNDO? Já assisti várias vezes à trilogia As Crônicas de Nárnia, mas, em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, sempre me incomodo com Edmundo. Penso: “Que cara chato! Teimoso, ingrato, facilmente enganado!” No entanto, ao final, percebo uma verdade desconfortável: Edmundo sou eu. Edmundo personifica o drama da natureza humana. Ele é movido pelo desejo, fascinado pelo poder e cego pela ilusão do prazer imediato. É o irmão que trai sua família por um prato de doces, que se deixa seduzir por promessas falsas e se alia ao inimigo sem perceber o perigo. Ele quer ser mais do que é, sente inveja de Pedro, despreza Lúcia e não confia em Susana. Ele representa o pecador — perdido, enganado, cheio de orgulho e egoísmo. Mas Edmundo não pode se redimir sozinho. A Feiticeira Branca o acusa com base na “magia profunda” que governa Nárnia: todo traidor pertence a ela e deve morrer. Aqui, encontramos um eco da realidade espiritual descrita na Escritura: “O salário do pecado é a morte” (Roma...

O PECADO PARECE LIBERDADE, ATÉ VOCÊ TENTAR PARAR

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O PECADO PARECE LIBERDADE, ATÉ VOCÊ TENTAR PARAR  A liberdade é um dos anseios mais profundos da alma humana. Desde o Éden, o desejo de autodeterminação impulsiona o homem a fazer escolhas, muitas vezes sem considerar suas consequências. Quando a serpente sugeriu a Eva que comer do fruto proibido a tornaria “como Deus, conhecendo o bem e o mal” (Gn 3:5) , não estava somente buscando conhecimento, mas um tipo de liberdade: a de definir sua própria moralidade. No entanto, essa liberdade era uma ilusão. O pecado sempre se disfarça de autonomia. Parece um atalho para o prazer sem limites, para a vida sem restrições, para a felicidade sem compromissos. O jovem pródigo, ao sair da casa do pai, pensava estar conquistando sua independência, mas logo percebeu que sua suposta “liberdade” o levou à escravidão da miséria e da fome (Lc 15:11-17). O apóstolo Paulo descreve essa armadilha com clareza: “antes, vocês estavam escravizados pelo pecado e não tinham obrigação de fazer o que era certo....

NENHUM PASTOR VIVE À ALTURA DO QUE ELE PREGA. SE CONSEGUE, A PREGAÇÃO DELE ESTÁ MUITO POBRE

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"NENHUM PASTOR VIVE À ALTURA DO QUE ELE PREGA. SE CONSEGUE, A PREGAÇÃO DELE ESTÁ MUITO POBRE." — John Piper Essa frase revela uma realidade profunda do ministério da pregação: a distância entre o ideal proclamado e a vida do pregador. Nenhum pastor, pregador ou líder, por mais piedoso ou espiritual que seja, consegue viver perfeitamente à altura das verdades que proclama, pois todos são pecadores e dependentes da graça de Deus. Como Paulo escreveu em Romanos 7:19:  "Quero fazer o bem, mas não o faço; não quero fazer o que é errado, mas ainda assim o faço." Se, por outro lado, um pastor acredita que está vivendo plenamente o que prega, talvez sua pregação seja muito rasa e superficial. O evangelho sempre nos confronta e nos chama a um padrão de santidade que, nesta vida, jamais alcançaremos plenamente. Como bem disse C. S. Lewis:  "Se você quer uma religião que o deixe confortável, eu certamente não lhe recomendaria o cristianismo." O verdadeiro pregador nã...

QUARTA-FEIRA DE CINZAS

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QUARTA-FEIRA DE CINZAS   A quarta-feira de Cinzas é uma tradição significativa para os católicos, marcando o início da Quaresma, um período de 40 dias de preparação para a Páscoa e convidando os fiéis à reflexão sobre a fragilidade da existência e a necessidade do arrependimento. Durante essa cerimônia, muitos recebem cinzas sobre a testa enquanto ouvem a advertência bíblica: “Lembra-te que és pó e ao pó voltarás” (Gn 3:19). Esse gesto litúrgico expressa humildade diante de Deus e reforça a consciência da transitoriedade da vida terrena. Mas o que significa ser pó? Essa metáfora bíblica nos lembra que nossa existência é frágil e efêmera. Toda realização humana, por mais grandiosa que pareça, retorna ao pó de onde veio. A busca por poder, riquezas e reconhecimento se desfaz com o tempo, pois “o homem é como um sopro; seus dias, como a sombra que passa” (Sl 144:4). Se tudo é transitório, onde depositamos nossa esperança? Contudo, essa reflexão não deve se restringir a um momento esp...

DESCONFIE SEMPRE DE VOCÊ

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DESCONFIE SEMPRE DE VOCÊ.  Nosso coração nos engana. Essa é uma verdade dura, mas bíblica. Jeremias 17:9 nos lembra:  “O coração humano é o mais enganoso de todos e extremamente perverso. Quem é capaz de compreendê-lo?”. — Você é muito religioso… — Estou longe de ser religioso. Minha fé não se baseia em rituais, mas em Cristo. Se há algo de bom em mim, não vem de mim, mas d’Ele. — Como você é tão humilde. — Meu coração é cheio de soberba. A humildade verdadeira não vem da minha vontade, mas do Espírito de Deus operando em mim. — Nossa, como você é tão gentil! — Estou longe de ser gentil. Quantas vezes minha mente é dura e impaciente? Apenas a graça me ensina a tratar os outros com bondade verdadeira. — Aposto que Deus está orgulhoso de ti. — Eu o decepciono todos os dias. Falho em amá-Lo como Ele merece, falho em obedecer, falho em refletir Sua santidade. Mas Ele não se afasta, pois Sua misericórdia me sustenta. — Você é tão amoroso! — Eu demonstro mais desprezo do que amor ao...