O PECADO PARECE LIBERDADE, ATÉ VOCÊ TENTAR PARAR

O PECADO PARECE LIBERDADE, ATÉ VOCÊ TENTAR PARAR 

A liberdade é um dos anseios mais profundos da alma humana. Desde o Éden, o desejo de autodeterminação impulsiona o homem a fazer escolhas, muitas vezes sem considerar suas consequências. Quando a serpente sugeriu a Eva que comer do fruto proibido a tornaria “como Deus, conhecendo o bem e o mal” (Gn 3:5), não estava somente buscando conhecimento, mas um tipo de liberdade: a de definir sua própria moralidade. No entanto, essa liberdade era uma ilusão.
O pecado sempre se disfarça de autonomia. Parece um atalho para o prazer sem limites, para a vida sem restrições, para a felicidade sem compromissos. O jovem pródigo, ao sair da casa do pai, pensava estar conquistando sua independência, mas logo percebeu que sua suposta “liberdade” o levou à escravidão da miséria e da fome (Lc 15:11-17). O apóstolo Paulo descreve essa armadilha com clareza: “antes, vocês estavam escravizados pelo pecado e não tinham obrigação de fazer o que era certo. E qual foi o resultado? Agora vocês se envergonham das coisas que costumavam fazer, coisas que terminam em morte” (Rm 6:20-21).
O grande paradoxo do pecado é que ele promete libertação, mas nos aprisiona. O alcoólatra pode alegar que bebe porque quer, até o dia em que tenta parar e percebe que não consegue. O viciado em pornografia pode pensar que está somente satisfazendo um desejo natural, até descobrir que seu coração está preso em correntes invisíveis. O mentiroso pode justificar suas palavras até perceber que não consegue mais falar a verdade sem medo das consequências. O pecado é um mestre cruel: oferece prazeres passageiros, mas cobra um preço alto, e, muitas vezes, esse preço é a própria capacidade de escolher.
Muitos acreditam serem livres, mas, na verdade, são escravos de si mesmos, revelando o medo de deixar as correntes que, apesar de dolorosas, pareciam familiares. Isso ilustra como o pecado aprisiona a mente e o coração antes mesmo de escravizar o corpo.

Mas há uma boa notícia: Cristo veio para quebrar essas cadeias. Ele declarou: “Se, pois, o Filho os libertar, vocês serão, de fato, livres” (Jo 8:36).

A verdadeira liberdade não é a ausência de regras, mas a capacidade de viver conforme a vontade de Deus. Aquele que entrega sua vida a Cristo descobre que a obediência não é um fardo, mas o único caminho para experimentar a liberdade genuína.
A escravidão do pecado se revela no momento em que tentamos nos livrar dele, mas a graça se manifesta no instante em que nos rendemos a Cristo. Se você quer saber o quão escravizado está, tente se libertar sozinho. Mas aquele que clama pelo nome do Senhor encontra socorro e redenção. Afinal, a maior liberdade não é fazer tudo o que queremos, mas ser livres para viver como Deus nos criou para ser.
Encontre a verdadeira liberdade em Cristo antes que a ilusão do pecado revele sua prisão.
— Rafael Assiz 

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