RAFAEL ASSIZ | BÍBLIA, TEOLOGIA E REFLEXÕES

SIMPLICIDADE X IGNORÂNCIA  Será que já confundimos simplicidade com ignorância ou preguiça espiritual? A simplicidade não é falta de conhecimento, existe algo muito perigoso que é exaltar a ignorância e chamá-la de simplicidade. Pessoas que muitas vezes não estudam, não meditam, não se aprofundam, e ainda se orgulham disso. Dizem: “Sou simples, não preciso dessas coisas profundas.” Mas essa frase carrega uma armadilha. Simplicidade é virtude. Ignorância é deficiência. A simplicidade é ser ensinável. A ignorância é se fechar para aprender. A simplicidade se curva diante da Palavra. A ignorância a ignora. Imagine uma criança com sede diante de um poço profundo. A simplicidade pega a corda e começa a puxar a água, mesmo que demore. A ignorância vira as costas e diz: “Tá fundo demais, vou continuar com sede mesmo.” Quem ama Jesus, ama Suas palavras. Quem quer seguir Jesus precisa saber o que Ele disse. Isso exige tempo, esforço e, sim, alguma dor, mas é dor que cura. “A Escritura não...

O CORAÇÃO QUE ORA COM A BOCA FECHADA  Quantas vezes você orou com a boca… mas seu coração estava travado? São homens e mulheres que carregam a Bíblia na mão, mas têm o coração travado por dentro, como se vivessem em preto e branco. Não porque faltasse fé, mas porque o brilho da vida foi se apagando com o tempo. Sentem-se divididos: uma parte ama a Deus sinceramente, mas a outra parte está cansada, sufocada, esmagada pelo peso de pecados não confessados, dores não tratadas e culpas que a alma já tentou enterrar. O rosto mostra firmeza, mas por dentro a alma se arrasta. Estão ali, presentes, mas não inteiros. A verdade é que muitos estão travados espiritualmente, não porque não conhecem a Palavra, mas porque aprenderam a esconder o que sentem com medo de parecer fracos. São pessoas que vivem uma guerra invisível entre o altar e o abismo, entre a adoração pública e o vazio privado, entre a busca por santidade e a vergonha de ainda tropeçar. E é nesse estado que a fé se torna preto e b...

114 ANOS DE ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL  Em 19 de novembro de 1910, dois jovens missionários suecos, Gunnar Vingren e Daniel Berg, desembarcaram em Belém obedecendo a um chamado de fé para pregar “no Pará”. Sem recursos nem domínio do português, uniram-se à Igreja Batista local, mas logo passaram a realizar cultos de oração em casa. Na madrugada de 2 de junho de 1911, a cura e o batismo com o Espírito Santo da irmã Celina Albuquerque incendiaram corações, provocando tanto fervor quanto oposição. Dias depois, 13 irmãos foram desligados da Batista; e, no domingo, 18 de junho de 1911, na sala humilde da rua Siqueira Mendes, nasceu a Missão da Fé Apostólica, germinando o movimento pentecostal que, em 1918, receberia o nome Assembleia de Deus e se espalharia por todo o país.  Assim nasceu a Assembleia de Deus, com oração, jejum, lágrimas e poder do Espírito Santo. Hoje, mais de um século depois, celebramos um legado que atravessa gerações e corações. Glorifico a Deus por fazer par...

COMO ESTUDAR E PREGAR O TEXTO BÍBLICO COM CLAREZA E FIDELIDADE Leia todo o texto que une rigor exegético e sensibilidade pastoral. Cada etapa tem profundidade, princípios práticos e perguntas estratégicas para guiar o estudo e a pregação 1. OBSERVAÇÃO: O QUE O TEXTO ESTÁ DIZENDO? “Não pregue o que você imagina que o texto diz, mas o que ele de fato revela.” Objetivo: Identificar com atenção os detalhes do texto sem interpretações ainda. Aqui, somos como arqueólogos, escavando camadas, reconhecendo formas e estruturas. Ferramentas: Leitura atenta e repetida do texto, em diferentes traduções. Análise do contexto imediato e amplo (Capítulo, Livro, Testamento). Identificação de palavras-chave, verbos no tempo verbal original, conectivos. Gênero literário: parábola? narrativa? poesia? profecia? Perguntas guias: Quem está falando e para quem? Quando e onde isso acontece? Quais repetições aparecem no texto? Existe uma progressão lógica? Há contrastes ou paralelos importantes? 2. INTERPRETAÇÃO...

CLAMOR POR ORAÇÃO DIANTE DOS CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO Estamos assistindo a uma das mais graves escaladas de tensão entre Israel e Irã nas últimas décadas. O número crescente de mortos, o colapso do diálogo diplomático e o risco de uma guerra regional desenham um cenário alarmante. As ações combinadas de força militar e inteligência revelam a complexidade de um novo tipo de conflito, uma guerra híbrida, que ultrapassa fronteiras físicas e ideológicas. Embora a comunidade internacional clame por cessar-fogo, a paz parece distante. As próximas semanas podem definir o rumo de toda a região. Por isso, como cristãos, somos chamados a um posicionamento que ultrapassa análises políticas: somos convocados à intercessão fervorosa. “Orai pela paz em Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam.” (Salmo 122.6) • Oremos por Israel, para que Deus conceda proteção, sabedoria e sobretudo revelação do Messias prometido. • Oremos pelo Irã, por seu povo tão rico em história e cultura, mas marcado por sofr...