A FRUSTRAÇÃO DO PREGADOR
TRECHO DO LIVRO: "PREGAÇÃO & SALVAÇÃO"
O resultado quase sempre é o esgotamento emocional e espiritual, pois o pregador deposita sobre si o peso de transformar corações, tarefa que pertence exclusivamente à ação sobrenatural do Espírito Santo.
Quando um pregador tenta convencer as pessoas com seus próprios esforços e recursos, acaba se desgastando sem alcançar os frutos desejados. Esse fracasso aparente pode levá-lo a questionar seu chamado, sua vocação e até mesmo sua fé. Surgem dúvidas inquietantes: “Será que não tenho unção?”, “Será que Deus não me chamou?”, “Será que minha pregação é ineficaz?”. Tais questionamentos, se não forem tratados com discernimento, podem desencadear uma crise de identidade ministerial, levando o pregador a recuar ou, pior ainda, adotar uma postura de ceticismo prático frente à eficácia da mensagem do Evangelho.
No entanto, é fundamental que o pregador compreenda uma verdade teológica: a salvação é obra exclusiva da trindade. O pregador é um instrumento nas mãos de Deus, chamado a anunciar fielmente a Palavra.
O pregador fiel é como o semeador da parábola: lança a semente com diligência, mas é Deus quem dá o crescimento (cf. 1 Cor 3.6,7). Ele deve manter uma postura de humildade, confiança e dependência do Espírito, reconhecendo que, embora impacte as emoções e a razão, somente o Espírito pode penetrar o coração e regenerar a alma.
ALVES, Rafael Assiz da Silva. Pregação & salvação: aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação. Adamantina, SP: Edição do Autor, 2025. Pg 170,171.
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