O QUE REALMENTE TE TRAZ SATISFAÇÃO: AS COISAS QUE VOCÊ POSSUI OU A PRESENÇA DE DEUS NO SEU CORAÇÃO?

O QUE REALMENTE TE TRAZ SATISFAÇÃO: AS COISAS QUE VOCÊ POSSUI OU A PRESENÇA DE DEUS NO SEU CORAÇÃO?

Vivemos um tempo em que muitos pensam que ser abençoado é ter algo que os outros podem ver. O brilho das coisas materiais passou a ser sinal de que Deus aprovou alguém. Mas isso não tem nada a ver com o Evangelho.
A Bíblia nunca mediu bênção pela quantidade, mas pela fidelidade.
Jó foi abençoado quando perdeu tudo; Paulo foi abençoado mesmo preso; e Maria foi chamada “bem-aventurada” não porque tinha posses, mas porque creu (Lc 1.45).
O verdadeiro problema não é se Deus dá ou não dá, mas quando começo a pensar que só sou abençoado se tiver coisas.
É aí que a fé adoece, quando a bênção é medida pelo que se tem, e não por Aquele a quem pertencemos.
Depois que sirvo a Deus, o que mais vai ter valor?
Mais dinheiro? Por que comprei um carro novo? Por que comprei uma calça cara no shopping? Será que é isso que me satisfaz?
Quantas vezes alguém já disse: “Olha, esse irmão é abençoado!” só porque chegou na igreja com um carro novo ou porque seu dízimo é alto?
Se formos sinceros, para muitos, “abençoado” é quem tem visibilidade, conforto e aparência. Mas isso não é Evangelho, é idolatria disfarçada de fé.
Ser abençoado não é ter mais, é ser mais parecido com Cristo. E Cristo, quando estava mais cheio da glória do Pai, estava pendurado numa cruz: sem posses, sem casa, sem status. E mesmo assim, era o Filho amado (Mt 3.17).
Salomão foi abençoado, sim, mas não por ser rico. Sua bênção estava na sabedoria que recebeu para governar com justiça. Quando a riqueza tomou o lugar de Deus, ele se perdeu. Até o sábio se torna insensato quando a bênção deixa de ser graça e passa a ser posse.

E o mesmo acontece hoje.
Chamamos de “abençoado” quem tem destaque, mas esquecemos da irmã que ora, que é fiel, que testemunha de Cristo onde mora, que aconselha casamentos, que escuta os aflitos, que os jovens procuram para pedir oração, e que já viu vidas mudarem pelo seu exemplo.
Foi ela quem pregou para aquele rapaz que hoje é pastor e alcança muitas pessoas.
Mas, aos olhos humanos, ela “não é abençoada” porque vai à igreja de ônibus, ou de carona, porque suas roupas são simples e porque não tem casa própria, seu dízimo é pouco. E assim, o mundo chama de pequeno aquilo que o céu chama de grande.
Na Bíblia, bênção nunca foi sinônimo de ter, mas de pertencer.
O problema não é a prosperidade, é fazer dela um ídolo.
O problema não é possuir, mas deixar que as coisas nos possuam.
O problema não é Deus abençoar, mas acreditar que a prova da bênção está no que é material.

Veja como estamos doentes. 
Nossa geração não sofre por falta de fé, mas por excesso de vaidade. Muitos já não buscam a presença de Deus, mas a fama dEle. Querem o milagre, mas não o arrependimento; querem a bênção, mas não o Senhor da bênção. Esquecemos de que o maior tesouro do Evangelho não é o que Deus nos dá, mas o fato de Ele ter se dado a nós.
A fé verdadeira não se mede pelo saldo bancário, mas pelo fruto do Espírito: “amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.” (Gl 5.22,23).
Essa é a herança dos santos. Essa é a riqueza que não enferruja. Essa é a bênção que o mundo não entende, mas que o céu reconhece.
A verdadeira bênção não é o que Deus coloca nas mãos, mas o que Ele faz habitar no coração.
— Rafael Assiz 

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