QUANDO NOS AFASTAMOS DA BÍBLIA
QUANDO NOS AFASTAMOS DA BÍBLIA
O distanciamento das Escrituras, que é a Palavra viva de Deus, conduz muitos a práticas que contrariam o Evangelho, como o escândalo de igrejas que, em nome da fé, cobram pelo batismo, mercadejando o que Cristo ofereceu gratuitamente na cruz. Outras fazem filas para tatuar textos bíblicos como se isso fosse prova de chamado. Muitos acham que, se foram batizados no rio Jordão, são mais espirituais. Outros se orgulham porque a igreja deles é mais moderna ou “diferente”. Tudo isso mostra uma coisa: estamos nos afastando da Bíblia.
Na Palavra de Deus, o batismo nunca foi cobrado. Ele é um sinal público de arrependimento e de nova vida em Cristo (Rm 6.3,4). Não importa o lugar, o preço ou quem está assistindo. O que importa é a fé verdadeira no coração e a obediência a Jesus.
Mas parece que muitos hoje querem mostrar que são “melhores” do que os outros. Querem ter o batismo mais bonito, a igreja mais famosa, a experiência mais diferente. Isso não é novo. No tempo do apóstolo Paulo, já havia esse tipo de comparação (1 Cor 1.12,13), e ele foi claro: Cristo não está dividido. A fé não é uma competição.
O problema é que muita gente fala da Bíblia, mas não vive o que ela ensina. Conhecem versículos, mas não têm vida com Deus. São doces com as palavras, mas frios com a verdade. Jesus já dizia: “Este povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de mim” (Mt 15.8).
Tatuagem, batismo pago, nada disso substitui a vida transformada. O que prova o nosso chamado não é uma marca no corpo, mas o fruto do Espírito (Gl 5.22,23). Deus não está interessado em show, Ele quer corações sinceros.
A Bíblia não precisa ser atualizada para agradar à moda ou à cultura. Ela precisa ser vivida com fé e obediência. É tempo de voltar à base. Voltar ao Evangelho simples, verdadeiro e cheio de graça. Voltar à cruz. Porque não é pagar pelo batismo que agrada a Deus, não é fazer uma tatuagem para lembrar do seu chamado, mas viver uma vida rendida a Ele.
Que essa geração desperte. Que os altares sejam restaurados não com inovação, mas com arrependimento. Que o nome de Jesus seja mais desejado do que os holofotes. Porque só há um caminho, uma verdade e uma vida (Jo 14.6) e ela continua sendo a mesma: fidelidade à Palavra.
Voltemos a amar a Palavra mais do que os aplausos. E que Cristo seja o centro, não nós.
— Rafael Assiz
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