COMO OS FALSOS PROFETAS MIRINS CONQUISTAM A MULTIDÃO?

COMO OS FALSOS PROFETAS MIRINS CONQUISTAM A MULTIDÃO?

Se crianças, em nome de Deus, conseguem enganar com facilidade, o anticristo certamente não terá dificuldade nenhuma. No Brasil, mais de 30% da população é considerada analfabeta funcional, isto é, mesmo sabendo ler palavras simples, muitos não conseguem interpretar corretamente aquilo que leem. Essa realidade se torna ainda mais grave quando pensamos na Bíblia, nas mãos de quem não sabe discernir a Palavra de Deus, torna-se terreno fértil para o erro e a confusão.
Infelizmente, muitas igrejas não preparam seus membros para estudar as Escrituras nem para identificar os falsos profetas. Sem um ensino sólido, o povo se torna presa fácil para pregadores que utilizam sofismas, frases feitas como “the king, the power, the best” e promessas vazias, enganando sutilmente. Com uma linguagem popular, recheada de analogias banais, como Coca-Cola, iPhone e Copo Stanley, esses pregadores falam aquilo que as pessoas desejam ouvir, e não aquilo que Deus revelou nas Escrituras.
O uso de técnicas seculares, como a Programação Neurolinguística (PNL), também é empregado nos púlpitos, não para exaltar Cristo, mas para manipular emoções e promover uma “fé” mercantilizada. Assim, heresias são apresentadas como se fossem a voz de Deus, e poucos conseguem perceber o desvio, pois não conhecem as Escrituras nem possuem senso crítico.
Antigamente, quando as igrejas eram fundadas, também se criavam escolas para alfabetizar a população. Havia o compromisso de formar cidadãos instruídos tanto na Palavra quanto nas letras. Hoje, a falta de ensino teológico e secular, abre espaço para a imaturidade espiritual e a escravização mental (e muitos líderes preferem assim).

A verdade é dura, mas bíblica: o falso profeta é o juízo de Deus para o falso crente. O apóstolo Paulo já advertia: “Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2Tm 4,3).

Esses “crentes” não são vítimas, muitos gostam e querem esse tipo de circo espiritual, onde suas emoções são alimentadas e suas consciências, adormecidas. É por isso que igrejas que dão voz aos “profetas mirins” pregadores imaturos acabam produzindo membros igualmente imaturos.
Se quisermos ver uma Igreja forte, é necessário voltar às Escrituras, à educação, à pregação fiel, e rejeitar o evangelho do entretenimento.
— Rafael Assiz

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