REFÉM OU PRISIONEIRO DA RELIGIOSIDADE?
REFÉM OU PRISIONEIRO DA RELIGIOSIDADE?
A religiosidade, quando despida de sua essência espiritual, pode aprisionar tanto quanto libertar. A história da humanidade é repleta de exemplos em que sistemas religiosos, criados para conduzir o ser humano a Deus, transformaram-se em cadeias de legalismo e hipocrisia. A pergunta é: somos reféns ou prisioneiros da religiosidade?
O refém é aquele sendo capturado contra sua vontade, forçado a permanecer sob o controle de algo ou alguém. Já o prisioneiro, embora também esteja privado da liberdade, pode, muitas vezes, ter sido levado a essa condição por suas próprias escolhas. No contexto da fé, há os que são reféns da religiosidade porque foram ensinados a temer um Deus distante, preso a regras frias e impessoais. Outros, porém, são prisioneiros porque voluntariamente se submetem a um sistema que lhes dá conforto e segurança, mesmo que este sistema esteja vazio de vida e transformação genuína.
Jesus confrontou duramente a religiosidade vazia dos fariseus e escribas. Ele os descreveu como “sepulcros caiados” (Mateus 23:27), belos por fora, mas por dentro cheios de morte. Eles eram prisioneiros de um sistema que valorizava as aparências e negligenciava o coração. Cristo veio para libertar, para transformar corações, mas muitos não aceitaram essa libertação porque estavam presos à sua própria justiça.
Paulo também foi um exemplo de alguém que, antes de sua conversão, era um prisioneiro da religiosidade. Ele acreditava estar servindo a Deus ao perseguir os cristãos, até que foi confrontado no caminho de Damasco (Atos 9:1-6). Ali, descobriu que sua obediência às tradições não era sinônimo de um relacionamento vivo com Deus.
O verdadeiro Evangelho não nos torna prisioneiros de dogmas humanos, mas nos convida a um relacionamento transformador com Deus por meio de Cristo. Paulo escreveu: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Agora, portanto, permaneçam firmes e não se deixem escravizar novamente por uma carga de escravidão.” (Gálatas 5:1).
A religiosidade sem vida aprisiona, mas a fé verdadeira liberta. O perigo está em nos tornarmos reféns de regras que não nos aproximam de Deus ou prisioneiros de um sistema que nos faz sentir seguros, mas nos impede de crescer espiritualmente.
Jesus Cristo não veio trazer um fardo, mas oferecer um caminho vivo até Deus. A grande questão é: estamos vivendo a fé que liberta ou somente carregando um jugo que nos mantém presos? A religiosidade pode ser uma prisão, mas a verdadeira fé em Jesus Cristo nos leva a experimentar a liberdade de filhos de Deus.
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